Slim diz que estão a "fazer mal" a resolução da crise

O mexicano Carlos Slim, o homem mais rico do mundo de acordo com a revista Forbes, diz que os líderes europeus estão a "fazer mal" o processo de resolução da crise de dívida financeira.
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Slim, que construiu uma fortuna de 69.000 milhões de dólares, defende que os governos deviam parar de tentar reduzir os défices orçamentais.

"Estou muito preocupado com o mundo em geral. Penso que as soluções que [os líderes políticos] estão a procurar não são as soluções certas. Estão a fazer mal [porque] não estão a olhar para uma forma diferente de resolver o problema", afirmou à revista Forbes, que divulgou na quarta-feira a lista dos homens mais ricos do mundo.

Carlos Slim, que lidera a lista da Forbes pelo terceiro ano consecutivo, considera que as privatizações de ativos são o caminho a seguir pelas economias europeias em dificuldades.

"Vamos falar de Espanha. Tem várias autoestradas e estão todas vazias. Eles [os governantes] deviam cobrar aos utilizadores e vender as autoestradas ao setor privado", afirmou Slim, considerando que desta forma é possível evitar cortes maiores nos programas sociais.

Quanto ao desemprego, o multimilionário afirma que "o problema é que as pessoas não têm empregos nem esperança". Para Carlos Slim, "alguns investimentos criam muitos empregos e outros investimentos não", pelo que o conselho é investir em negócios de pequena e média dimensão e em indústrias intensivas em trabalho como o turismo, a saúde, a educação e o entretenimento.

O magnata mexicano construiu o seu império ao longo de quase cinco décadas, sobretudo na área das telecomunicações, tendo também negócios nas finanças, no imobiliário, minério e indústria pesada.

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